quinta-feira, 2 de abril de 2015

2 DE ABRIL......




O dia 2 de abril foi decretado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como sendo o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. O transtorno do espectro autista (nome oficial do autismo) é mais comum em crianças que a AIDS, câncer e diabetes juntos. Há uma campanha mundial para que neste dia todos se vistam de azul, cor que representa o autismo. 

A estimativa é que o autismo atinge em torno de dois milhões de brasileiros e 70 milhões no mundo. A incidência em meninos é maior, tendo uma relação de quatro meninos para uma menina com autismo. A síndrome é complexa e muito mais comum do que se pensa. 

No Brasil já existe a Lei nº 12.764/12, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Mas muito ainda há que fazer a respeito da inclusão e preparação principalmente das escolas para lidarem com a síndrome, além da demanda existente para o tratamento terapêutico dessas crianças. Como a síndrome está relacionada ao comportamento e em muito casos não é aparente, muitos pais ainda sofrem com o preconceito da sociedade que definem seu filho como “mal educado ou mimado”. 

Somente o diagnóstico precoce a intervenção terapêutica com uma equipe multidisciplinar composta por profissionais como neurologista, psicólogo, terapeuta ocupacional, psicopedagogo e fonoaudiólogo, pode oferecer mais qualidade de vida às pessoas com autismo. 

O autismo faz parte de um grupo de desordens do cérebro chamado de Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID) – também conhecido como Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD). Para muitos, o autismo remete à imagem dos casos mais graves, mas há vários níveis dentro do espectro autista. Nos limites dessa variação, há desde casos com sérios comprometimentos do cérebro, além de raros casos com diversas habilidades mentais, como a Síndrome de Asperger (um tipo leve de autismo) – atribuído inclusive aos gênios Leonardo Da Vinci, Michelangelo, Mozart e Einstein. Só que é preciso desfazer o mito de que todo autista é um gênio, porque isso é raro. 

Inclusive o neurocientista brasileiro Alysson Muotri conseguiu um primeiro passo para uma possibilidade futura de cura, em seu trabalho na Califórnia (EUA), em que curou um neurônio autista em laboratório e trabalha no progresso de sua técnica na Universidade de San Diego. Mas o importante até que se chegue à cura é permitir que os autistas de hoje sejam incluídos na sociedade e tenham mais qualidade de vida e respeito.

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